Não há cultura de estupro no Brasil, defende Marco Feliciano


Acostumado a lidar com polêmicas e protestos, o deputado pastor Marco Feliciano (PSC/SP) tem se tornado um dos expoentes na atual “guerra cultural” que ocorre no país. Depois de ter sido eleito presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, em 2013, ele foi perseguido por militantes de esquerda e ativistas LGBT, que chegaram a invadir cultos onde ele pregava. O motivo foi seu posicionamento incisivo contra a tentativa de imposição de uma agenda gay. Mais recentemente ele vem enfrentando forte oposição dentro do Congresso por se manifestar claramente contra os movimentos de esquerda. Na tarde desta quinta (9), Feliciano voltou a falar em uma reunião da Comissão de Direitos Humanos. A audiência pública convocada pela deputada Erika Kokay (PT/DF) deveria debater a chamada “cultura do estupro” no Brasil. Nas últimas semanas o assunto vem tomando grande espaço na mídia e o termo usado de maneira muito genérica, refletindo uma concepção do movimento feminista americano da década de 1970 (rape culture). Quando o pastor começou a falar, um grupo de mulheres que estava presente iniciou um protesto, ficando de costas para ele. Logo foi criticado por Kokay, que acusa Feliciano de ter comparecido à reunião apenas para criticar a postura delas. Procurado pelo Portal Gospel Prime, o parlamentar explicou por que não concorda com essa argumentação. “Cultura do estupro? Isso é maluquice. Cultura tem a ver com todo aquele complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro da sociedade”, ponderou. Para ele, “Não há, portanto, o culto (crença) ao estupro, não há beleza (arte) no estupro, não há moral no estupro, a lei não protege o estupro e o brasileiro não tem costume de estuprar. Existe sim delinquência, psicopatia e patologia, existe erotização precoce, etc. Logo, não há cultura de estupro no Brasil”. Reclamou ainda que as feministas “não respeitam o contraditório. São intolerantes. São raivosas. São mal-educadas. São violentas”. O parlamentar sentenciou: “Essa fala é de feministas desajustadas, que por ódio ao sexo masculino querem destruí-lo. É interessante que elas sempre acusam os outros daquilo que elas fazem e xingam daquilo que elas são”. Esta já é a segunda vez que ativistas tentam impedir o deputado Marco de se expressar na Câmara. No final do mês passado, durante uma reunião da Comissão de Cultura da Câmara, em que a sessão discutia a extinção e a posterior recriação do Ministério da Cultura no governo de Michel Temer, ele foi vaiado por manifestantes. Alguns dos presentes também realizaram um “beijaço gay” como protesto, embora a temática debatida nada tinha a ver com a questão da sexualidade.

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