Nunca misturei religião com política, diz Marcos Pereira

Enquanto se desenha um possível governo Michel Temer (PMDB), após o afastamento da presidente Dilma Rousseff na próxima semana, muitos nomes de ministros têm “vazado” à imprensa. Em alguns casos, acabaram sendo rejeitados e criticados, resultando então em uma negação por parte do vice-presidente ou de seus aliados, de que a pessoa realmente tenha sido convidadaDe modo geral, a indicação de Marcos Pereira, bispo licenciado da IURD, para Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, recebeu rejeição quase imediata da comunidade científica brasileira. Não pelo fato de ele ser do PRB, que já ocupou ministérios no governo Dilma, mas principalmente por sua afiliação religiosa. Advogado e presidente nacional do PRB, Pereira foi entrevistado nesta quarta-feira, 4, pelo Broadcast Político. Ele explicou que os temores são infundados, pois “Religião é uma questão de foro íntimo. Nunca misturei religião com trabalho ou com política. Nunca fiz e não é agora que vou fazer”, assegurou. Explica ainda que, em 2005, sua monografia de conclusão do curso de Direito defendia que aborto de feto anencéfalo (sem cérebro) não pode ser crime, antes de o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir sobre a questão, em 2012. O presidente do partido afirma que a religião não influencia a atuação dos quadros da legenda, que é majoritariamente formada por evangélicos. Confidenciou ainda que Dilma ligou para o bispo Edir Macedo, pedindo que ele revertesse a posição do partido sobre o impeachment. Embora tenha forte ligação com o PRB, que tem como senador seu sobrinho Marcelo Crivella, o bispo disse apenas “iria orar por ela” recomendou que ela procurasse Pereira. A postura do futuro ministro tem sido de humildade. Conta que, após acertar com Temer que seu partido ficaria com Ciência e Tecnologia, começou a ouvir representantes da comunidade científica. “Quando virem minha atuação, vão ver que não é assim”, insiste Marcos Pereira. Com informações Época

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